O cuidado necessário com os ossos  

 

A menopausa é uma fase em que ocorre várias transformações na vida da mulher. Essa fase é marcada pelo declínio da produção do estrógeno, o principal hormônio feminino. A falta relativa e absoluta do estrógeno além de provocar os já comentados, calorões, irritabilidade e secura vaginal característicos, ainda contribui para a progressiva diminuição da quantidade de cálcio no sistema ósseo. Durante a vida fértil da mulher é justamente o estrógeno que favorece a deposição de cálcio no osso, tornando-o mais resistente e compacto.

A osteopenia e a osteoporose

Nessa época também podem surgir a osteopenia e a osteoporose. A primeira significa leve queda do teor de cálcio nos ossos examinados enquanto a osteoporose caracteriza-se por diminuição da resistência do osso, perda da arquitetura óssea, maior fragilidade do osso e risco de fraturas. Na maioria das mulheres em menopausa o declínio do cálcio no osso é gradual, sem sintomas, mas eventualmente pode levar a uma fratura inesperada (muitas vezes no colo do fêmur).

Exames de densitometria óssea

Por isso, é comum que os ginecologistas peçam às suas pacientes com idade próxima aos 50 anos que submetam-se a um exame de densitometria óssea. O nome pode ser complicado, mas a tradução é simples: o aparelho percorre o organismo e examina as vértebras da coluna, os ossos da articulação coxo-femural, enfim, analisa parcialmente o esqueleto. Em seguida calcula quanto de cálcio está presente por unidade de massa óssea (ou seja, verifica a densidade mineral do osso). A seguir indica por imagens coloridas em que nível de conteúdo de cálcio a paciente se localiza.

1. zona verde: ótima densidade óssea
2. zona amarela: concentração mediana de cálcio no osso
3. zona vermelha: baixa concentração de cálcio no osso.

O exame também informa ao médico se o teor de cálcio no osso é bom para a idade e, ainda, compara o cálcio no osso com aquele teor de cálcio existente em mulheres mais jovens.

O tratamento mais indicado para osteoporose

Em caso de osteoporose, o objetivo maior do tratamento é evitar as fraturas, que geralmente ocorrem por queda involuntária da mulher. As medidas abrangem uma dieta rica em cálcio (leite e derivados, queijos, manteiga, requeijão), mudança de hábitos de vida, eliminando o cigarro, cafeína em excesso, certos medicamentos como os que contêm alumínio, o controle da dose de hormônios da tireóide, certos anticonvulsivantes. Importantíssimo: exercícios físicos de acordo com a capacidade de cada pessoa, mas contínuos, programados, persistentes.

Os remédios disponpiveis para atenuar a doença

A reposição hormonal com estrógenos (ou derivados mais recentes que imitam as ações deste hormônio feminino) induz decréscimo de fraturas em 50% das pacientes. Existem também, reposição contínua de cálcio (em comprimidos) associados à vitamina D. Muitos medicamentos formadores de osso ou que impedem a destruição óssea são comumente utilizados.

Os homens também podem ser vítimas desse mal

Desde que tenham nítida e comprovada diminuição do nível de hormônios masculinos (testosterona) por muitos anos, os homens tão podem ser vítimas da osteoporose. A perda do hormônio masculino pode ser conseqüente a doenças da hipófise, a agressões virais ou inflamatórias das gônadas masculinas (testículos), à ação de medicamentos utilizados no câncer da próstata ou simplesmente por ação da idade (andropausa). O tratamento é idêntico ao destinado para mulheres.