Mulheres na menopausa  

 










É fato conhecido que o período de vida fértil da mulher se inicia com a menarca (primeira menstruação) e termina ao redor dos 45, 50 anos com a menopausa. Nesta época as mulheres apresentam sintomas - os fogachos, ou ‘calorões’, alterações emocionais, mudanças na libido - e param de ovular, o fim da fertilidade. Os hormônios produzidos pelos ovários ainda podem continuar por mais algum tempo depois da menopausa. Logo após esse período surge o climatério, quando as mulheres produzem muito pouco hormônio feminino e nada de hormônio masculino.

Não há ainda uma conclusão definitiva em relação a uma fase semelhante entre os homens. A andropausa ainda é muito discutível no meio científico, uma vez que os homens continuam a produzir o hormônio masculino (testosterona) até idade muito avançada.


Reposição hormonal feminina


É consenso entre os médicos que a mulher passa a ter um ganho considerável na qualidade de vida com reposição hormonal nessa fase da vida. A reposição proporciona excelente humor, noites bem dormidas, afasta os calorões, devolve libido e desejo sexual, e ainda preserva sistema ósseo, beleza e juventude. Vamos, então, dar hormônios a todas as mulheres? Claro que não! Existem regras e convenções sobre o tema que são aceitas por quase todos profissionais. No entanto, eu compartilho da opinião que tomar atitudes de total rejeição a terapia hormonal seria pouco lógico e racional. Como sempre a virtude está em selecionar cuidadosamente as mulheres para as quais os hormônios só fazem o bem.


O método mais eficiente e prático


Há muitos anos utilizávamos injeções tanto de hormônio feminino como masculino. As aplicações eram mensais e traziam alguns efeitos colaterais a cerca de 10 a 20% das mulheres. Excesso de pelos, pele oleosa, acne, queda de cabelos. Os sintomas da menopausa regrediam dramaticamente, mas o preço era alto.

Os hormônios femininos administrados por via oral (estrógenos e progesterona) foram muito questionados ultimamente por seus efeitos no sistema cardiovascular. Eles dividiram a opinião dos especialistas quanto ao seu uso prolongado. O método mais prático e fácil é o de adesivos que transferem o estrógeno (hormônio feminino) via transcutânea. O gel de estrógeno segue o mesmo princípio e deve ser usado todos os dias.


E o hormônio masculino?


Vários estudos já provaram que o uso de pequenas doses de hormônio masculino eleva a libido da mulher, propicia condições para melhor desempenho sexual (orgasmo), lubrifica a vagina e eleva o potencial erógeno. Pode ser administrado por via oral (metil testosterona) ou, em certas circunstâncias, como implante de longa duração. Mais recentemente, emprega-se o adesivo cutâneo de testosterona em doses parcimoniosas.


Há efeitos colaterais dos hormônios masculinos?


As vantagens vão além do aspecto sexual. Após a administração do hormônio masculino nota-se melhor força muscular, melhor distribuição da gordura subcutânea. Há também um ganho na ação energética que melhora o desempenho esportivo e/ou de ginástica aeróbica. Excesso de pêlos e pele oleosa com acne sempre poderão surgir, mas diminuem ou desaparecem com breve intervalo sem o hormônio masculino.

Setores especializados já investem em novos produtos com ação de hormônio feminino, mas com menor possibilidade de induzir a efeitos colaterais como câncer de mama ou útero. Estes produtos, já testados em milhares de voluntárias, podem ser amplamente prescritos num futuro breve, após as conclusões dos estudos em curso.